The hand that feeds you









Você está mantendo o passo na linha
Você está mantendo sua cabeça erguida e se sente muito bem
Porque você faz o que te mandam
Mas o interior do seu coração é negro, é oco, é frio

Quão profundamente você acredita?
Você vai morder a mão que te alimenta?
Vai mastigar até que ela sangre?
Você consegue se levantar?
Você é corajoso o suficiente para ver?
Você quer mudar isso?

E se toda essa cruzada é uma charada?
E por trás de tudo há um preço a se pagar
Pelo sangue sobre o qual nós jantamos
Justificado em nome do sagrado e do divino

Quão profundamente você acredita?
Você vai morder a mão que te alimenta?
Vai mastigar até que ela sangre?
Você consegue se levantar?
Você é corajoso o suficiente para ver?
Você quer mudar isso?

Tão ingênuo se agarrando àquilo em que quer acreditar
Eu consigo ver mas continuo me agarrando... 

Você vai morder a mão que te alimenta?

Vai ficar de joelhos?

Nine Inch Nails - The Hand That Feeds




-Arte feita no Photoshop CS5-

Mindless


Grande parte das pessoas são pegas as vezes de surpresa por situações complicadas e inusitadas e chegam ao determinado ponto típico. Aquele ponto onde você se vê em uma estrada com dois caminhos divididos e não sabe em qual seguir. E isso acaba tomando proporções tão grandes que pequenos caminhos acabam por levar á outras "rodovias divididas" e por consequência você acaba se encontrando no mesmo lugar, parado, sem saber qual caminho tomar. Outra coisa influente nessa questão é o tempo que se leva para escolher e o tal do caminho passa a não mais existir, tenho uma filosofia em mente que é a seguinte: passado grande parte das vezes é vergonhoso, futuro incerto, viva o presente sem medo. Simples assim, arrisque e saiba aceitar as consequências sendo elas boas ou ruins...



-arte feita no programa Photoshop CS5-

Ensino


Professor, Instrutor, Educador. Entre outros que podemos citar. Há uma peculiaridade nessa profissão, onde qualquer detalhe pode fazer a diferença, as vezes parece não ser bem valorizada, afinal você esta instruindo/ensinando um indivíduo, as vezes o mesmo ate descobre o que quer fazer da vida á intermédio disso, uma pequena explicação pode mudar tudo. Profissão peculiar essa porque é feita de detalhes, sempre estando impecáveis perante aos alunos, onde um ano todo de turma que os alunos têm você como exemplo por causa de as vezes ate um cabelo mal arrumado ou coisa pior pode ficar marcada na mente deles. O resultado que ela traz é gratificante, ver as vezes pessoas que eram indecisas se tornam grandes profissionais e até as vezes superando o mestre. Enfim, para quem não conhece essa é a equipe pedagógica da ALL NET - escola de informática e idiomas (unidade Guarulhos) - onde temos grandes profissionais:

  • Coordenadores: Sóstines & Sheila
  • Professores de Informatica: Allan, Lucélio, Matheus, Evelyn, Suellen e Anderson.
  • Professores de Idiomas: Vinicius, Poliana, Manuella, Jéssica e Joyce.

Parabéns a todos, ótimo trabalho!




-vetores dos professores feitos no Corel Draw X3 e X5, arte finalizada no Photoshop CS5 -

Stardust


Em mais um dia normal Martin McFly encontra seu mentor/tutor/ativo Dr.Brown, morto por um engasgamento de neston com banana e com o mesmo havia um pequeno bilhete dizendo que o Dr. foi á um futuro distante e descobriu notícias horrívei. Agora seu filhote criado a leite com pera e ovomaltine Martin McFly terá que impedir essa tal catástrofe viajando com seu delorian velhaco para salvar o mundo. Essa e muitas outras maluquisses farão parte de um jogo sendo criado pela minha pessoa(Allan Ruy)que logo mais estará terminado e disponibilizarei para download no meu blog!



Aguardem! 


Disse o corvo..

O Corvo  de Edgard Allan Poe


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!


- Vicent de  Tim Burton -



O que o corvo diria para você???